O pâncreas endócrino é composto pelas ilhotas de Langerhans, que contêm células alfa (produtoras de glucagon), células beta (produtoras de insulina) e células delta (produtoras de somatostatina).
A insulina e o glucagon regulam a glicemia, a qual, em jejum, tem o valor de referência de 100mg/dl.
Glicemia, insulina e glucagon no exercício
Glicemia: cai ao longo do tempo de exercício. É arriscado que caia muito, entrando num quadro de hipoglicemia. Tal quadro não possui valor de glicemia especificado, sendo caracterizado por sinais clínicos - como cansaço, sonolência, tontura, sudorese fria, palidez e desfalecimento.
Glucagon: aumenta durante o exercício para estimular a quebra de glicogênio, a fim de controlar a glicemia que está caindo.
Insulina: diminui ao longo do exercício, pois a captação de glicose pelos músculos em contração depende de cálcio, permitindo a translocação de GLUT-4 por uma via independente de insulina. Além disso, a sensibilidade do receptor de insulina aumenta, potencializando seu efeito sobre a célula muscular, estimulando, ainda mais, a translocação de GLUT-4. Isso provoca uma queda no nível de insulina, pois não é necessária em grande quantidade para estimular a captação de glicose.
Em um indivíduo treinado, quando comparado com um indivíduo destreinado, as respostas são atenuadas: a glicemia tem queda leve, o glucagon aumenta menos e a insulina cai menos. Isso acontece porque o individuo treinado entra mais rapidamente em lipólise, para poupar carboidrato, necessitando regular menos a glicólise.
Diabetes
Seus sintomas são poliúria, polidipsia e polifagia. Existem dois tipos da doença: diabetes insipidus e diabetes mellitus, que é dividida em tipo I e tipo II.
Diabetes insipidus: doença hipotalâmico-hipofisária, caracterizada pela urina muito diluída, devido à diminuição da secreção de ADH, fazendo com que a reabsorção de água seja deficiente e a produção de urina seja muito grande.
Diabetes mellitus: a urina é doce, rica em açúcar. Subdividida em:
A alta glicemia crônica destrói o endotélio, afetando a capacidade dilatadora do vaso, levando a uma progressiva constrição e diminuição de irrigação, principalmente dos vasos mais delgados, caracterizando a angiopatia.
Doenças que afetam diabéticos:
• Angiopatia: leva à morte por infarto e AVC.
• Nefropatia: leva à morte por insuficiência renal.
• Retinopatia: provoca cegueira.
• Neuropatia vegetativa: lesão progressiva de fibras simpáticas, principalmente, diminuindo o controle vegetativo (sistema cardiovascular, gastrointestinal) e a sensibilidade.
Diabetes e exercício
A glicemia de um diabético compensado diminui ao longo do exercício e se mantém baixa por um tempo após a sessão. Porém, o paciente pode entrar em hipoglicemia. Para evitá-la, ele deve fazer exercícios alimentado e deve-se observar possíveis sinais de hipoglicemia durante o exercício - como distúrbios na fala, tontura e palidez. Caso o paciente apresente alteração no padrão de fonação, deve ser retirado da sessão de exercício e ingerir carboidrato de rápida absorção, como uma bala.
Se o paciente chegar à sessão de treino com glicemia maior que 300mg/dl, não deverá realizar exercício, pois a glicemia aumentará ainda mais se o fizer. Isso ocorre devido ao fato de que a alta glicemia dessensibiliza vários receptores, de forma que o glucagon passe a ter uma resposta exacerbada, aumentando a quebra de glicogênio e a liberação de glicose no sangue, aumentando a glicemia.
Diabetes mellitus tipo I e exercício
Existem vários tipos de insulina, que apresentam diferentes cinéticas, dependendo do veículo no qual o hormônio está. O gráfico abaixo contém as curvas da insulina regular e da insulina NPH.
O pico de insulina regular ocorre 2 horas após a aplicação e o pico de insulina NPH ocorre de 6 a 8 horas após a aplicação. O indivíduo não deve realizar exercícios físicos no horário do pico, caso contrário fará um quadro de hipoglicemia, pois o efeito hipoglicemiante do exercício será somado à alta insulina aplicada. Além disso, não se deve fazer exercícios no segmento no qual o paciente aplicou insulina, pois o aumento de circulação sanguínea local drena o depósito de insulina rapidamente, levando à hipoglicemia.
Recomendações para trabalhar com pacientes diabéticos
• Medir a glicemia pré-exercício e controlá-la durante o treino;
• Instruir que os pacientes utilizem roupas e calçados adequados, já que possuem menor sensibilidade nas extremidades;
• Ter cuidado com impactos, pela fragilidade vascular e problemas de coagulação;
• Manter a oferta de carboidrato ao longo da sessão.
A insulina e o glucagon regulam a glicemia, a qual, em jejum, tem o valor de referência de 100mg/dl.
Glicemia, insulina e glucagon no exercício
Glicemia: cai ao longo do tempo de exercício. É arriscado que caia muito, entrando num quadro de hipoglicemia. Tal quadro não possui valor de glicemia especificado, sendo caracterizado por sinais clínicos - como cansaço, sonolência, tontura, sudorese fria, palidez e desfalecimento.
Glucagon: aumenta durante o exercício para estimular a quebra de glicogênio, a fim de controlar a glicemia que está caindo.
Insulina: diminui ao longo do exercício, pois a captação de glicose pelos músculos em contração depende de cálcio, permitindo a translocação de GLUT-4 por uma via independente de insulina. Além disso, a sensibilidade do receptor de insulina aumenta, potencializando seu efeito sobre a célula muscular, estimulando, ainda mais, a translocação de GLUT-4. Isso provoca uma queda no nível de insulina, pois não é necessária em grande quantidade para estimular a captação de glicose.
Diabetes
Seus sintomas são poliúria, polidipsia e polifagia. Existem dois tipos da doença: diabetes insipidus e diabetes mellitus, que é dividida em tipo I e tipo II.
Diabetes insipidus: doença hipotalâmico-hipofisária, caracterizada pela urina muito diluída, devido à diminuição da secreção de ADH, fazendo com que a reabsorção de água seja deficiente e a produção de urina seja muito grande.
Diabetes mellitus: a urina é doce, rica em açúcar. Subdividida em:
- Tipo I: surge na infância e caracteriza-se pela destruição das células β pancreáticas por um mecanismo autoimune, diminuindo ou cessando a produção de insulina, tornando o indivíduo insulino-dependente. O tratamento envolve aplicações subcutâneas de insulina, dieta e exercício. A aplicação de insulina é subcutânea para formar um depósito do hormônio, para que seja lentamente captado pela circulação local, e há uma rotação dos locais de aplicação.
- Tipo II: é relacionada à obesidade e aparece na maturidade. É provocada pela infiltração de triglicerídeos e de ceramidas intramusculares, afetando a sinalização da insulina, o que gera resistência insulínica. O tratamento é feito com hipoglicemiantes orais – que sensibilizam o receptor de insulina à presença desse hormônio –, dieta e exercício.
A alta glicemia crônica destrói o endotélio, afetando a capacidade dilatadora do vaso, levando a uma progressiva constrição e diminuição de irrigação, principalmente dos vasos mais delgados, caracterizando a angiopatia.
Doenças que afetam diabéticos:
• Angiopatia: leva à morte por infarto e AVC.
• Nefropatia: leva à morte por insuficiência renal.
• Retinopatia: provoca cegueira.
• Neuropatia vegetativa: lesão progressiva de fibras simpáticas, principalmente, diminuindo o controle vegetativo (sistema cardiovascular, gastrointestinal) e a sensibilidade.
Diabetes e exercício
Se o paciente chegar à sessão de treino com glicemia maior que 300mg/dl, não deverá realizar exercício, pois a glicemia aumentará ainda mais se o fizer. Isso ocorre devido ao fato de que a alta glicemia dessensibiliza vários receptores, de forma que o glucagon passe a ter uma resposta exacerbada, aumentando a quebra de glicogênio e a liberação de glicose no sangue, aumentando a glicemia.
Diabetes mellitus tipo I e exercício
Existem vários tipos de insulina, que apresentam diferentes cinéticas, dependendo do veículo no qual o hormônio está. O gráfico abaixo contém as curvas da insulina regular e da insulina NPH.
O pico de insulina regular ocorre 2 horas após a aplicação e o pico de insulina NPH ocorre de 6 a 8 horas após a aplicação. O indivíduo não deve realizar exercícios físicos no horário do pico, caso contrário fará um quadro de hipoglicemia, pois o efeito hipoglicemiante do exercício será somado à alta insulina aplicada. Além disso, não se deve fazer exercícios no segmento no qual o paciente aplicou insulina, pois o aumento de circulação sanguínea local drena o depósito de insulina rapidamente, levando à hipoglicemia.
Recomendações para trabalhar com pacientes diabéticos
• Medir a glicemia pré-exercício e controlá-la durante o treino;
• Instruir que os pacientes utilizem roupas e calçados adequados, já que possuem menor sensibilidade nas extremidades;
• Ter cuidado com impactos, pela fragilidade vascular e problemas de coagulação;
• Manter a oferta de carboidrato ao longo da sessão.